Paulo de Tarso foi um dos maiores apóstolos do cristianismo, responsável por levar a mensagem de Jesus a diversas regiões do Império Romano.
Mas como ele conseguiu essa façanha, sendo que ele não conheceu Jesus pessoalmente e era um perseguidor dos cristãos antes de sua conversão?
A resposta pode estar na PNL, a Programação Neurolinguística, uma técnica que nos ensina a modelar, ou seja, a copiar, os comportamentos e ações de pessoas que são referências para nós.
Antes de prosseguir, é preciso esclarecer que a PNL é uma técnica moderna, que foi criada na década de 1970, e que portanto não existia no tempo de Paulo.
No entanto, isso não significa que Paulo não tenha usado os princípios que a PNL se baseia, como o rapport, a modelagem e a ancoragem, que são conceitos universais e atemporais, que podem ser aplicados em qualquer contexto e situação.
Neste artigo, vamos ver como Paulo usou esses princípios para modelar Jesus Cristo e se tornar um exemplo de fé, coragem e liderança.
Rapport
Uma das técnicas da PNL é o rapport, que consiste em estabelecer uma comunicação efetiva com as pessoas, criando uma conexão e uma confiança mútua.
Para isso, é preciso usar o espelhamento e a recapitulação verbal, ou seja, imitar a linguagem e os gestos do interlocutor e repetir o que ele disse com outras palavras, demonstrando compreensão e interesse.
Paulo usou o rapport para se comunicar com diferentes públicos, adaptando-se à sua cultura e ao seu contexto.
Por exemplo, quando ele pregou em Atenas, ele citou os poetas e filósofos gregos para chamar a atenção dos ouvintes e mostrar que ele conhecia a sua sabedoria.
Quando ele escreveu aos romanos, ele usou termos jurídicos e políticos para se fazer entender pelos cidadãos do império. Quando ele falou aos judeus, ele se referiu à lei e aos profetas para provar que Jesus era o Messias prometido.
Em todos esses casos, Paulo usou o rapport para se aproximar das pessoas e transmitir a sua mensagem com clareza e autoridade.
Além disso, Paulo usou o rapport para se identificar com as pessoas, respeitando as suas diferenças e considerando as suas fraquezas. Ele disse: “Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Coríntios 9:22).
Com essa frase, ele mostrou que ele não se achava superior ou inferior a ninguém, mas que ele se colocava no mesmo nível das pessoas, buscando compreender as suas necessidades e as suas limitações, e oferecendo-lhes o amor e a graça de Deus.
Modelagem
Outra técnica da PNL é a modelagem, que consiste em copiar os comportamentos e ações de pessoas que são bem-sucedidas em algum aspecto da vida, buscando reproduzir os seus resultados.
Para isso, é preciso observar, analisar e imitar as estratégias, as crenças e os valores dessas pessoas, adaptando-os à nossa realidade.
Paulo usou a modelagem para se inspirar em Jesus Cristo, o seu maior modelo. Ele observou, analisou e imitou as estratégias, as crenças e os valores de Jesus, adaptando-os à sua realidade.
Por exemplo, ele seguiu o exemplo de Jesus ao pregar o evangelho do reino de Deus, ao curar os enfermos, ao expulsar os demônios, ao fazer discípulos, ao ensinar com parábolas, ao orar com fervor, ao jejuar com frequência, ao amar os inimigos, ao perdoar os ofensores, ao servir os necessitados, ao enfrentar as tentações, ao sofrer as perseguições, ao morrer para o pecado e ao ressuscitar para a vida.
Em todos esses casos, Paulo usou a modelagem para se tornar semelhante a Jesus e manifestar o seu poder e a sua glória.
Além disso, Paulo incentivou os seus seguidores a fazerem o mesmo, dizendo: “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo” (1 Coríntios 11:1).
Com essa frase, ele mostrou que a modelagem é um processo contínuo e que pode ser transmitido de geração em geração, formando uma cadeia de discipulado e transformação.
Ancoragem
Uma terceira técnica da PNL é a ancoragem, que consiste em associar um estímulo a uma resposta, criando um gatilho que pode ser ativado em determinadas situações.
Para isso, é preciso escolher um estímulo que seja visual, auditivo ou cinestésico, e uma resposta que seja um estado emocional ou comportamental desejado. Depois, é preciso repetir a associação várias vezes, até que ela se torne automática.
Paulo usou a ancoragem para se fortalecer em momentos de dificuldade, criando gatilhos que o lembravam de sua fé e de sua esperança.
Por exemplo, ele usou a cruz como um estímulo visual, que o fazia lembrar do sacrifício de Jesus e da salvação que ele trouxe. Ele usou o nome de Jesus como um estímulo auditivo, que o fazia invocar o seu poder e a sua proteção.
Ele usou a imposição das mãos como um estímulo cinestésico, que o fazia transmitir a sua unção e a sua bênção. Em todos esses casos, Paulo usou a ancoragem para se manter firme em sua missão e em seu propósito.
Também há um exemplo impressionante de como Paulo usou a ancoragem para se alegrar e louvar a Deus mesmo na prisão.
Em Atos 16:25-34, lemos que Paulo e Silas foram presos injustamente em Filipos, e que eles oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os outros presos os escutavam.
De repente, houve um grande terremoto, que abriu as portas da prisão e soltou as correntes de todos. O carcereiro, pensando que os presos tinham fugido, quis se matar, mas Paulo o impediu e lhe pregou o evangelho.
O carcereiro e toda a sua família creram em Jesus e foram batizados. Então, eles levaram Paulo e Silas para a sua casa, lhes serviram uma refeição e se alegraram muito por terem crido em Deus.
Nesse caso, Paulo usou a oração e o louvor como estímulos auditivos, que o faziam entrar em um estado de alegria e gratidão a Deus, mesmo em meio ao sofrimento.
E isso gerou um efeito positivo não só para ele, mas para todos os que estavam ao seu redor.
Conclusão
Paulo de Tarso foi um dos maiores apóstolos do cristianismo, que usou os princípios da PNL para modelar Jesus Cristo e se tornar um exemplo de fé, coragem e liderança.
Ele usou o rapport para se comunicar com diferentes públicos, adaptando-se à sua cultura e ao seu contexto, e para se identificar com as pessoas, respeitando as suas diferenças e considerando as suas fraquezas.
Ele usou a modelagem para se inspirar em Jesus Cristo, seguindo o seu exemplo e os seus ensinamentos, e incentivando os seus seguidores a fazerem o mesmo.
Ele usou a ancoragem para se fortalecer em momentos de dificuldade, criando gatilhos que o lembravam de sua fé e de sua esperança, e para se alegrar e louvar a Deus mesmo na prisão, gerando um grande milagre e uma grande salvação.
Com esses princípios, Paulo conseguiu realizar uma obra extraordinária, que impactou a história da humanidade e que continua a inspirar milhões de pessoas até hoje.
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