Mas como podemos relacionar a experiência de Paulo com a Pirâmide de Maslow? Podemos dizer que Paulo passou por todos os níveis da hierarquia das necessidades, desde as mais básicas até as mais complexas, mas que ele não se acomodou em nenhum deles. Ele sempre buscou ir além, até alcançar o topo da pirâmide, que é a autorrealização.
Veja como podemos interpretar cada nível da pirâmide na vida de Paulo:
- Necessidades fisiológicas: Paulo teve suas necessidades fisiológicas atendidas, como a fome, a sede, a respiração, o abrigo e o sexo. Ele era um cidadão romano, que gozava de certos privilégios e direitos. Ele também era casado, segundo alguns estudiosos. No entanto, ele não se prendeu a essas necessidades, pois ele sabia que elas eram passageiras e insuficientes para a sua felicidade. Ele disse: “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1 Timóteo 6:7-8).
- Necessidades de segurança: Paulo também teve suas necessidades de segurança atendidas, como a segurança em casa, no trabalho, na saúde, etc. Ele era um judeu zeloso, que seguia rigorosamente a lei de Moisés. Ele era um fariseu, que pertencia à elite religiosa de Israel. Ele era um perseguidor dos cristãos, que tinha o apoio das autoridades judaicas. Ele tinha uma carreira promissora, uma reputação respeitada e uma saúde robusta. No entanto, ele também não se apegou a essas necessidades, pois ele percebeu que elas eram frágeis e incertas. Ele disse: “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue” (Gálatas 1:15-16).
- Necessidades sociais: Paulo igualmente teve suas necessidades sociais atendidas, como ter amigos, constituir família, receber carinho, etc. Ele tinha uma família, que o educou na fé judaica. Ele tinha amigos, que o acompanhavam em suas viagens missionárias. Ele tinha parceiros sexuais, que o amavam e o respeitavam. Ele tinha uma comunidade, que o acolhia e o apoiava. No entanto, ele também não se limitou a essas necessidades, pois ele compreendeu que elas eram relativas e transitórias. Ele disse: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios 11:3).
- Necessidades de estima: Paulo finalmente teve suas necessidades de estima atendidas, como reconhecer as próprias capacidades e ser reconhecido pelos outros. Ele era um homem culto, que estudou com Gamaliel, um dos maiores mestres da lei. Ele era um homem poliglota, que falava hebraico, grego, latim e aramaico. Ele era um homem sábio, que escreveu cartas inspiradas e doutrinárias. Ele era um homem admirado, que realizou milagres e conversões. Ele era um homem respeitado, que enfrentou perseguições e sofrimentos. No entanto, ele também não se satisfaz com essas necessidades, pois ele reconheceu que elas eram vazias e inúteis. Ele disse: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gálatas 6:14).
- Necessidades de autorrealização: Paulo finalmente alcançou suas necessidades de autorrealização, que é o topo da pirâmide. Ele conseguiu aproveitar todo o seu potencial, com autocontrole, independência, criatividade e satisfação. Ele se tornou um dos maiores apóstolos da história, que levou o evangelho a todo o mundo conhecido. Ele se tornou um dos maiores escritores da Bíblia, que influenciou gerações de cristãos. Ele se tornou um dos maiores mártires da fé, que deu a sua vida por amor a Cristo. Ele se tornou um dos maiores exemplos de santidade, que refletiu o caráter de Deus. Ele disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Timóteo 4:7-8).
Assim, podemos ver que Paulo foi alguém que superou o Ego e se conectou com o Eu superior, e que isso se refletiu em sua trajetória de vida, que passou por todos os níveis da Pirâmide de Maslow. Ele nos mostra que é possível atingir a autorrealização, que é o estado de plenitude e harmonia com o nosso ser, com os outros e com Deus. Ele nos mostra que o caminho para isso é seguir a Cristo, que é o nosso modelo, o nosso mestre e o nosso salvador.